sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Revoltado ou criativo



Essa semana acabei de ler um livro muito bom recomendo para todos: Prova um momento privilegiado de estudo, não um acerto de contas, de Vasco Pedro Moretto é deste livro que retirei esta perola para vocês queridos sobrinhos.Espero encontrar muitos destes no meu caminho de Professora.
Há algum tempo, recebi um convite de um colega para servir de árbitro na revisão de uma prova. Tratava-se de avaliar uma questão de física que recebera nota zero. O aluno contestava tal conceito, alegando que merecia nota máxima pela resposta, a não ser que houvesse uma “conspiração do sistema” contra ele. Professor e aluno concordaram em submeter o problema a um juiz imparcial, e fui o escolhido. Chegando à sala de meu colega, li a questão da prova: “Mostre como se pode determinar a altura de um edifício bem alto com o auxílio de um barômetro”.
            A resposta do estudante foi a seguinte: “Leve o barômetro ao alto do edifício e amarre uma corda nele; baixe o barômetro até a calçada e em seguida o levante, medindo o comprimento da corda; este comprimento será a altura do edifício”.
            Sem dúvida era uma resposta interessante e de alguma forma correta, pois satisfazia o enunciado. Por instantes vacilei quanto ao veredicto. Recompondo-me rapidamente, disse ao estudante que ele tinha forte razão para ter nota máxima, já que havia respondido à questão completa e corretamente. Entretanto, se ele tirasse nota máxima, estaria caracterizando uma aprovação em um curso de física, mas a resposta não confirmava isso. Sugeri, então, que fizesse outra tentativa para responder à questão.
            Não me surpreendi quando meu colega concordou, e sim quando o estudante resolveu encarar aquilo que imaginei seria um bom desafio. Segundo o acordo, ele teria seis minutos para responder à questão, isso após ter sido prevenido de que sua resposta deveria mostrar, necessariamente, algum conhecimento em física
            Passados cinco minutos, ele não havia escrito nada, apenas olhava pensativamente para o forro da sala. Perguntei-lhe então se desejava desistir, pois eu teria um compromisso logo em seguida e não tinha tempo a perder. Mais surpreso ainda fiquei quando o estudante anunciou que não havia desistido. Na realidade, tinha muitas respostas e estava justamente escolhendo a melhor. Desculpei-me pela interrupção e solicite que continuasse. No momento seguinte, ele escreveu esta resposta: “Vá ao alto do edifício, incline-se numa ponta do telhado e solte o barômetro, medindo o tempo (t) de queda desde a largada até o toque no solo. Depois, empregando a fórmula h=(1/2)gt (ao quadrado), calcule a altura do edifício”.
            Perguntei então a meu colega se ele estava satisfeito com a nova resposta e se concordava com minha disposição de conferir praticamente a nota máxima à prova. Concordou, embora eu sentisse nele uma expressão de descontentamento, talvez inconformismo.
            Ao sair da sala, lembrei que o estudante dissera ter outras respostas para o problema. Embora já sem tempo, não resisti à curiosidade e perguntei-lhe quais eram essas respostas. “Ah! sim”, disse ele, “há muitas maneiras de achar a altura de um edifício com a ajuda de um barômetro.” Perante minha curiosidade e a já perplexidade de meu colega,o estudante desfilou as seguintes explicações:
            “Por exemplo, num belo dia de sol pode-se medir a altura do barômetro e o comprimento de sua sombra projetada no solo, bem como a do edifício. Depois, usando-se uma simples regre de três, determina-se a altura do edifício.”
            “Outro método básico de medida, aliás bastante simples e direto, é subir as escadas do edifício fazendo marcas na parede espaçadas na altura do barômetro. Contando o número de marcas, ter-se-á a altura do edifício em unidades barométricas.”
            “Um método mais complexo seria amarrar o barômetro na ponta de uma corda e balançá-lo como um pêndulo, o que permite a determinação da aceleração da gravidade (g). Repetindo a operação no nível da rua e no topo do edifício, há dois gs, e a altura do edifício pode, a princípio, ser calculada com base nessa diferença.”
            “Finalmente”, concluiu, “se não for cobrada uma solução física para o problema, existem outras respostas. Por exemplo, pode-se ir até o edifício e bater à porta do síndico. Quando ele aparecer. Diz-se: ‘Caro sr. Síndico, trago aqui um ótimo barômetro; se o sr. me dizer a altura deste edifício, eu lhe darei o barômetro de presente.’.”
            A esta altura, perguntei ao estudante se ele não sabia qual era a resposta “esperada” para o problema. Ele admitiu que sabia, mas estava tão farto das tentativas dos professores de controlar seu raciocínio e cobrar respostas prontas com base em informações mecanicamente arroladas que resolveu contestar aquilo que considerava, principalmente, uma farsa.
Waldemar Setzer (Autor do texto)
Beijo da tia Sara




terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Desabafo de uma mulher moderna



"São 6h...

O despertador canta de galo e eu não tenho forças nem para atirá-lo contra a parede...
Estou tão cansada... não queria ter que trabalhar hoje...
Queria ficar em casa, cozinhando, ouvindo música, cantarolando, até...
Se tivesse filhos, gastaria a manhã brincando com eles, se tivesse cachorro, passeando pelas redondezas...
Aquário? Olhando os peixinhos nadarem...
Se eu tivesse tempo... gostaria de fazer alongamento...
Brigadeiro...
Tudo menos sair da cama e ter que engatar uma primeira e colocar o cérebro pra funcionar.
Gostaria de saber quem foi a mentecapta, a infeliz matriz das feministas que teve a estúpida ideia de reivindicar direitos de mulher... queria saber por quê ela fez isso conosco, que nascemos depois dela...
Estava tudo tão bom no tempo das nossas avós... elas passavam o dia a bordar, trocar receitas com as amigas, ensinando-se mutuamente segredos de molhos e temperos, de remédios caseiros, lendo bons livros das bibliotecas dos maridos, decorando a casa, podando árvores, plantando flores, colhendo legumes das hortas, educando as crianças, frequentando saraus, enfim, a vida era um grande curso de artesanato, medicina alternativa e culinária.

Aí vem uma fulaninha qualquer que não gostava de sutiã nem tão pouco de espartilho, e contamina várias outras rebeldes inconsequentes com ideias mirabolantes sobre "vamos conquistar o nosso espaço"!!!
Que espaço, minha filha?!?
Você já tinha a casa inteira, o bairro todo, o mundo aos seus pés!
Detinha o domínio completo sobre os homens, eles dependiam de você para comer, vestir, pra tudo!!! Que raio de direitos requerer?
Agora eles estão aí, são homens todos confusos, que não sabem mais que papéis desempenhar na sociedade, fugindo de nós como o diabo foge da cruz...
Essa brincadeira de vocês acabou nos enchendo de deveres, isso sim. E nos lançando no calabouço da solteirice aguda. Antigamente, os casamentos duravam para sempre, tripla jornada era coisa do Bernard do vôlei - e olhe lá, porque naquela época não existia Bernard do vôlei.

POR QUE??? Me digam por que um sexo que tinha tudo do bom e do melhor, que só precisava ser frágil, foi se meter a competir com o macharedo? Olha o tamanho do bíceps deles e olha o tamanho do nosso. Tava na cara que isso não ia dar certo!!!

Não aguento mais ser obrigada ao ritual diário de fazer escova, maquiar, passar hidratantes, escolher que roupa vestir, e que sapatos combinar, que acessórios usar...
estou tão cansada de ter que disfarçar meu humor, que sair sempre correndo, ficar engarrafada, correr risco de ser assaltada, de morrer atropelada, passar o dia ereta na frente do computador, com o telefone no ouvido, resolvendo problemas que nem são meus!!!

E como se não bastasse, ser fiscalizada e cobrada (até por mim mesma) de estar sempre em forma, sem estrias, depilada, sorridente, cheirosa, com as unhas feitas, sem falar no currículo impecável, recheado de mestrados, doutorados, e especializações (ufffffffffffffffffff!!!!!!!)...

Viramos super mulheres e continuamos a ganhar menos do que eles...
Não era muito melhor ter ficado fazendo tricô na cadeira de balanço?

CHEGAAAAAAA!!! Eu quero alguém que pague as minhas contas, abra a porta para eu passar, puxe a cadeira para eu sentar, me mande flores com cartões cheios de poesia, faça serenatas na minha janela... ai, meu Deus, já são 6:30, tenho que levantar!
E tem mais, quero alguém que chegue do trabalho, sente no meu sofá, coloque os pés pra cima e diga "meu bem, me traz um cafezinho, por favor?", descobri que nasci para servir!

Vocês pensam que eu tô ironizando? Tô falando sério! Estou abdicando do meu posto de mulher moderna...

Troco pelo de Amélia. Alguém se habilita?"


Autora: uma Executiva ... da Vida!!!!(blog Meninas do Reino)
Beijo da tia Sara

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Quando minhas emoções me controlam.

Quando minhas emoções me controlam, minha vida perde o controle.painel-palha-o-alegria--lp-

Minha fé enfraquece.

Eu me descontrolo.

Os caminhos que aparecem a minha frente são tortos.

Meus sonhos perdem sentido.

Meu coração fica divido entre o que ele diz e o que as pessoas pensam.

A palavra de Deus perde lugar na minha boca.

A palavra amor fica condicionada a receber e não a doar.

Eu me defendo das acusações mesmo sabendo que não fazem sentido.

 

Quando minhas emoções me controlam , eu olho para a luz e não enxergo.

Eu caminho, caminho e volto sempre para o mesmo lugar.

Eu tento ponderar os “nãos” que disse com total certeza, para tentar achar um jeito de revogar e dizer sim mesmo sabendo que o não era o certo a dizer.

Mas ...

Quando deixo Ele(Jesus) controlar minhas emoções, ele controla minha vida , e ela está em segurança nas mãos D'ele.

Minha fé está firme, inabalável.

Eu ouço a voz do meu Mestre, como se fosse uma bela canção.

Eu me sinto em paz, mesmo quando o mundo está em guerra.

Quando deixo Ele controlar minhas emoções, a minha frente os caminhos são retos, aplainados e mostram um alvo.

Meus sonhos ganham cor e fazem total sentido.

O que Ele me diz é lei gravada no meu coração, não importa o que os outros dizem ao contrário.

Ele fala através de mim, e dos meus lábios saem vida para avivar os mortos.

Eu amo as pessoas como Ele me amou, entregando meu “EU” a morte, assim como Ele fez.

 

Quando deixo o Senhor controlar minhas emoções, eu não me defendo, ele é meu Juiz e saber disso me basta.

Eu enxergo a luz mesmo no meio das trevas.

Eu completo minha carreira.

O meu Sim é Sim, e o meu Não é Não.

Minha carne enfraquece, meu Espírito consegue ouvir a voz D'ele, e todas as outras vozes não me incomodam mais …

Minha carne se submete a Ele, meu coração fica tranquilo, e minha alma expressa as emoções que tenho no Espírito corretamente, pois é apenas para isso que ela serve, apenas expressar …

Minha Alma não serve para me conduzir. Ela é analógica mas o Espírito é digital.

Simone C.

(Extraído do blog Meninas do Reino)

Adaptado por tia Sara